terça-feira, 21 de dezembro de 2010

USE FILTRO SOLAR



O verão já está aí e o sol já está tinindo! Está na hora de escolher um produto que deverá lhe acompanhar todos os dias.

Felizmente, existem muitas opções no mercado. Há anos atrás, os produtos apresentavam texturas pesadas e pouco agradável para peles oleosas. Hoje podemos contar com tecnologia poderosa que proporciona conforto e segurança.


Para ajudar na sua escolha, aqui vão algumas dicas para entender o rótulo desses produtos:


FPS: o fator de proteção solar quantifica a proteção contra os raios ultravioleta do tipo B - UVB. Os raios UVB penetram superficialmente e causam as queimaduras solares. É o principal responsável pelas alterações celulares que predispõem ao câncer da pele. Para facilitar o entendimento: FPS 15 significa que levar 15 vezes mais tempo para ficar com a pele vermelha do que se estivesse sem proteção solar.

UVA: significa que o produto também tem proteção para raios ultravioleta do tipo A. radiação UVA possui intensidade constante durante todo o ano, atingindo a pele praticamente da mesma forma durante o inverno ou o verão. Sua intenidade também não varia muito ao longo do dia, sendo pouco maior entre 10 e 16 horas que nos outros horários. Por isto a necessidade de usar filtro durante todo o ano. Os raios A penetram profundamente na pele, sendo a principal responsável pelo fotoenvelhecimento. Tem importante participação nas fotoalergias e também predispõe a pele ao surgimento do câncer. O UVA também está presente nas câmaras de bronzeamento artificial, em doses mais altas do que na radiação proveniente do sol. A quantidade de UVA emitida por uma câmara de bronzeamento pode chegar a ser 10 vezes maior que a da luz solar. Pode-se imaginar o dano causado à pele por este tipo de tratamento.


Não comedogênico: o produto não provoca cravos e espinhas.


Resistente a água: o produto resiste aproximadamente até 40 minutos de imersão.


Fotoestável: indica que o filtro mantém sua capacidade de ação íntegra mesmo o frasco ficando sob ação solar.


Antienvelhecimento: contém agentes que auxiliam a evitar o processo de envelhecimento da pele, minimizando o aparecimento de sinais e manchas.


Livre de PABA ou "PABA Free": filtros que não contém a substância PABA (um tipo de conservante), que tem alto poder de causar alergias.


É importante lembrar que economizar na quantidade do filtro solar pode fazer com que a proteção caia pela metade. Então atenção aos detalhes:


  1. Passar o filtro uns 20 minutos antes de se expor ao sol. O ideal é aplicar ainda em casa, antes de colocar o maiô, sunga ou biquini, em frente ao espelho para não esquecer de nenhum cantinho.

  2. Não vale passar uma quantidade de filtro do tamanho de um grão de ervilha e tentar espalhar por todo o corpo. Não economize. Para o rosto: aplicar o equivalente a dois grãos de ervilha. Pernas, coxas, tronco e braços: uma colher de chá para cada uma destas áreas.

  3. Reaplicar a cada duas horas ou mais seguidamente se praticar exercícios físicos, dar um mergulho ou transpirar excessivamente.

  4. Não facilite com o rosto. FPS no mínimo 30.

  5. Suspenda o uso de cremes clareadores no verão. Agora é momento só de proteção. Caso contrário suas manchas voltam sem perdão.

Detalhe: os raios UV estão mais danosos. O que há anos atrás, usar o FPS 15 era suficiente, agora, o melhor é apelar para no mínimo o FPS 30.


Na dúvida, peça orientações ao seu farmacêutico de confiança (hehehe)


Agora é só aproveitar o sol!


domingo, 10 de outubro de 2010

Anvisa lança selo de segurança para medicamentos


Selo será lido por leitoras óticas






Apenas este ano, 53.575 remédios falsificados e contrabandeados foram apreendidos, além de 62,9 toneladas de produtos sem registro.


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou nesta quarta-feira um selo de segurança que será reconhecido por leitoras óticas instaladas em todas as drogarias do país. Com isso, a partir de janeiro de 2012, quem comprar um medicamento poderá confirmar na própria farmácia se o produto é verdadeiro.

Para comprovar a autenticidade do produto bastará aproximar a etiqueta da leitora ótica. Uma luz verde, acompanhada de um sinal sonoro, indicará que o remédio é verdadeiro.

Autoadesivo e impermeável, o selo vai ser único, sem diferenciação por Estado ou por fabricante.
De acordo com a Anvisa, o objetivo é reduzir os riscos provocados por medicamentos falsificados, roubados, sem registro ou contrabandeados.
Qual seria a punição para um indivíduo que falsifica medicamentos?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS


O uso de vários medicamentos, ao contrário do que se pensa, não necessariamente garante maior efetividade, pois junto com as vantagens podem surgir efeitos indesejados dessas interações.
Interação medicamentosa é o fenômeno que ocorre quando, ao tomar dois ou mais fármacos simultaneamente, o efeito esperado é alterado quando comparado com o uso isolado de cada fármaco.

Podem ocorrer entre medicamentos, entre medicamentos e alimentos, medicamentos e tabaco, medicamentos e bebidas alcoólicas.

A interação medicamentosa só ocorre após a ingestão do fármaco pelo indivíduo e o risco da sua ocorrência aumenta proporcionalmente com o número de fármacos usados.

Em geral, as interações dos medicamentos com menor margem terapêutica, são de maior risco e por isso mais importantes na clínica. Como exemplos, tem-se os medicamentos amplamente utilizados sem controle pela população como antimicrobianos, antiinflamatórios não esteroidais e anticoncepcionais orais.

Interações benéficas justificam a utilização de associações medicamentosas para potencializar a eficácia do medicamento. Esse fenômeno é conhecido como sinergia. Exemplo clássico de sinergia benéfica é o sulfametoxazol + trimetroprima: com aumento da eficácia terapêutica por interferir em rotas metabólicas diferentes da bactéria.

As interações também podem ser classificadas por:

  • antagonismo - quando um fármaco anula o efeito do outro

  • sinergismo - quando um fármaco potencializa o efeito do outro.

Porém, os efeitos tóxicos também podem ocorrer. Por exemplo, os ansiolíticos quando associados ao consumo de bebidas alcoólicas potencializam a depressão de sistema nervoso central
reação idiossincrática - nos casos em que a resposta a terapia difere dos efeitos esperados dos dois fármacos em uso.


Interações entre fármacos e alimentos


Existem muitas controvérsias sobre a importância destas interações. Entretanto, a preocupação existe e pode alterar o curso normal do tratamento.

A maior parte das interações medicamentos-alimentos ocorre em nível de absorção.

Como regra geral, a administração de medicamentos logo após ou junto ás refeições é prejudicial à absorção do mesmo. Entretanto, há exceções como hidroclorotiazida, metoprolol, diazepam que, na presença de carboidratos e gorduras, são melhor absorvidos.

Alguns antiinflamatórios e antimicrobianos tem seus efeitos colaterais amenizados quando ingeridos junto com alimentos. Sucos de frutas cítricos, também devem ser evitados na ingestão de medicamentos por prejudicar a absorção devido a possibilidade de alteração do pH gástrico e prejudicar a absorção do medicamento.

Entre as interações clássicas de fármaco-alimentos, citam-se as tetraciclinas e alimentos ricos em cálcio (leite), onde se formam quelatos insolúveis que são excretados pelas fezes.

Outra questão importante a ser considerada é o uso da fitoterapia como alternativa na terapêutica e a automedicação. Os fitoterápicos são freqüentemente utilizados na forma de chás ou infusões e dessa forma é impossível estimar quais os princípios ativos presentes e a concentração de cada um.

O uso de gingko biloba, hipericum perforatum, kava kava, valeriana, entre outros, tem sido amplamente divulgado através da mídia levando ao mau uso, somado a percepção popular de que são alternativas naturais e sem possibilidade de dano.

Muito cuidado com isto! Na dúvida não misture. Evite a automedicação.

INTERAÇÕES FARMACÊUTICAS

A incompatibilidade, também conhecida por interação farmacêutica, ocorre quando dois ou mais medicamentos são misturados, no mesmo recipiente e o produto obtido é diferente do esperado.

Ocorre antes de tomar. Podem ser de origem física ou química.

Algumas das incompatibilidades físicas podem ser detectadas visualmente e manifestam-se através de precipitado ou turvação, alterações na cor da solução ou formação de espuma.

As incompatibilidades químicas implicam em degradação irreversível de um dos componentes da solução. O produto deste processo pode não apresentar alterações visíveis nas soluções, mas produzir um efeito nulo ao paciente ou de grande prejuízo, acarretando riscos de falta de efetividade ou alta toxicidade.


As interações farmacêuticas são facilmente evitáveis com medidas simples como:

  • Respeitar as orientações do fabricante quanto a reconstituição, diluição e condições de armazenamento pós-diluição

  • Somente adicionar outros fármacos nas soluções se existe a garantia de compatibilidade

  • Proteger as soluções de calor excessivo ou luz solar direta

  • Preparar as soluções no momento do uso, a menos que tenha garantia de estabilidade

  • Siga as orientações do seu médico

  • Em caso de dúvidas, consulte o farmacêutico

domingo, 18 de julho de 2010

HOSPITALAR

BOLETIM DA COMEDI - HCPA
Saiu mais uma edição do BOLETIM DA COMISSÃO DE MEDICAMENTOS DO HCPA.
Muito bem escrito e fundamentado.
Parabéns a minha amiga Maria Angélica e suas colaboradoras.
Atualização, curiosidades, política hospitalar de medicamentos, entre outros.
Todas as edições estão disponíveis no site do Hospitala de Clínicas. Leiam e divulguem!
http://www.hcpa.ufrgs.br/downloads/Comunicacao/informa_comedi_junho.pdf

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Papo de farmacêutica III

Em tempos de uso seguro de medicamento, nada melhor de algumas dicas:
Podemos começar com um encontro com seu farmacêutico para falar sobre:

  • Os medicamentos que você está usando
  • A ação dos seus medicamentos
  • Como ele lhe beneficia
  • Como tirar o melhor proveito dos seus medicamentos

Este encontro ocorre na farmácia e você não precisa pagar por ele.

Os objetivos são:

  • Auxiliar com informações sobre o tratamento que você está usando
  • Identificar os problemas que podem aparecer com o uso dos seus medicamentos. Obter maior eficácia dos seus medicamentos. Pode haver opções mais fáceis de tomá-los, ou pode-se verificar que você necessita menos medicamentos
Certifique-se que seus medicamentos estão corretos e previna desperdícios. Você pode ficar a vontade de perguntar sobre o tratamento para o farmacêutico e tirar todas as suas dúvidas.

Para obter o máximo do seu tratamento, você deve seguir as orientações do médico e do farmacêutico.


Alguns medicamentos devem ser tomados longe das refeições para melhorar sua ação, outros não atuam adequadamente se tomados com certos alimentos, chás ou outros medicamentos.
Certos medicamentos devem ser tomados com as refeições para amenizar uma possível reação adversa. Partir o comprimido ou drágea ao meio nem sempre é adequado, pois pode eliminar uma possível liberação gradual do princípio ativo.


Sempre pergunte ao farmacêutico sobre como tomar seus medicamentos e usá-los com segurança e eficácia. Isto vai fazer que você tenha o maior proveito do seu tratamento.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

VACINA H1N1 FALCIFICADA

Importante notícia pessoal !
VACINA DA GRIPE H1N1 FALSIFICADA

A Vigilância Sanitária divulgou nesta quinta-feira os detalhes das embalagens de vacinas falsificadas contra a gripe suína. A embalagem da vacina falsificada traz a expressão “vírus fragmentado e inativo”, mas o correto seria “vacina influenza fragmentada e inativa”. Outras diferenças são o nome da farmacêutica responsável (na vacina falsificada é Carmem Adan) e o número de registro do lote (1.609.0014.001-7). Os lotes falsos foram apreendidos na semana passada em Minas Gerais

O que devemos fazer? Ao ir até uma clínica de vacinação particular ou mesmo em Postos de Saúde para a vacinação da gripe H1N1, e antes de receber a vacina, solicitar ao técnico que irá realizar a aplicação que verifique o fabricante e o lote no frasco:

NÃO APLICAR!
Sanofi Pasteur lote DEI 036-4 seringa
Sanofi Pasteur lote DEI 036-4 frasco

Ato Normativo

RESOLUÇÃO RE No- 1.689, DE 14 DE ABRIL DE 2010
Determinar, como medida de interesse sanitário, a apreensão e inutilização, em todo o território nacional, do lote DEI 036-4 da VACINA CONTRA GRIPE INFLUENZA H1N1 (VIRUS FRAGMENTADO E INATIVO) 1 SERINGA CONTENDO 1 DOSE - Via subcutânea ou intramuscular - USO PEDIÁTRICO E ADULTO, por ter sido objeto de FALSIFICAÇÃO, constando na embalagem as seguintes informações: Fabricado por SANOFI PASTEUR AS 2, AVENUE Pont Pasteur, 69007 Lyon, France Importado e distribuído no Brasil por: Sanofi Pasteur Ltda
Avenida das Nações Unidas, 22.428 CEP. 04795-916 São Paulo – SP C.N.P.J. 24.040.487/0002-85
Registro MS nº 1.609.0014.001-7
Farmacêutica responsável: Carmem Adan CRF-SP nº 22.390

RESOLUÇÃO RE No- 1.690, DE 14 DE ABRIL DE 2010
Determinar, como medida de interesse sanitário, a apreensão e inutilização, em todo o território nacional, do lote DEI 036-4 da VACINA CONTRA GRIPE (VIRUS FRAGMENTADO E INATIVO) FRASCO DE 5 mL, Via subcutânea ou intramuscular - USO PEDIÁTRICO E ADULTO, por ter sido objeto de FALSIFICAÇÃO, constando no frasco as seguintes informações: VACINA CONTRA GRIPE (VIRUS FRAGMENTADO E INATIVO) 10 dose - 0,5 ml Via subcutânea ou intramuscular USO PEDIÁTRICO E ADULTO
Registro MS nº 1.1609.0014.001-7
Sanofi Pasteur
Farm. Resp.: Carmem Adan
CRF-SP nº 22.390

MAIS DETALHES:
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/6196ee00421b793292b4dade10276bfb/tabela+diferencas+130410.pdf?MOD=AJPERES

sábado, 3 de abril de 2010

Cuidado com o paracetamol

Hoje vou tratar de um assunto que é muito importante e que, infelizmente, as pessoas dão pouca importância: o uso não racional dos medicamentos.
Nesta semana, internou mais um paciente no hospital com intoxicação por paracetamol. E vou dizer: isto é muito mais comum do que imaginamos e é grave.

O paracetamol é um ótimo analgésico, antitérmico e muito usado para adultos e crianças. O problema é o uso indiscriminado. Todos pensam que o paracetamol é inofensivo, mas não é.
O paracetamol é o nome genérico de um medicamento que se encontra em muitos produtos comuns e de venda sem receita médica, tal como Tylenol, Dôrico, entre outros. Também é conhecido como acetaminofeno. É um medicamento importante e sua eficácia no alívio da dor e da febre é largamente conhecida. Está disponível nas apresentações de comprimidos, xarope, gotas ou cápsulas. Normalmente, é um medicamento seguro desde que se use nas doses recomendadas, mas uma quantidade maior pode causar danos hepáticos. É possível que a pessoa não se dê conta dos sinais e sintomas do dano hepático imediatamente, pois ele pode demorar a se manifestar, ou ainda confundir-se com sintomas de outra doença.

A dose máxima de paracetamol para um adulto é de 4.000 mg por dia (fonte: http://www.infarmed.pt/prontuario/index.php). Se considerarmos os comprimidos de 500 mg, são no máximo 8 comprimidos por dia. Isso corresponde a 2 comprimidos de 500 mg a cada 6 horas. Já os comprimidos de 750 mg, não devemos usar mais que 5 comprimidos por dia.
Quando as instruções de uso do paracetamol são seguidas, trata-se de um medicamento de uso seguro. Para se reduzir os riscos devem-se:


  • seguir as instruções de dose e nunca tomar a dose maior do que a indicada

  • não usar paracetamol por mais tempo do que os dias de tratamento indicados

  • não use mais de um medicamento que contenha paracetamol simultaneamente

Sempre consulte um médico antes de tomar paracetamol se você:



  • Toma bebida alcoólica frequentemente

  • Tem alguma doença hepática

Nestas condições, o seu risco de sofrer dano hepático aumenta ao tomar o paracetamol, inclusive na dose recomendada.


Se você utiliza o anticoagulante warfarina, também deve consultar um médico antes de tomar paracetamol, pois a warfarina e paracetamol combinados pode aumentar o risco de sangramento


Para administrar paracetamol de forma segura a bebês e crianças, você deve:



  • Revisar os componentes ativos de outros medicamentos que seu filho esteja tomando para conferir se não contem também o paracetamol. O seu filho nunca deve tomar mais de um medicamento que contenha paracetamol.

  • Siga as orientações do pediatra

  • Eleja o medicamento correto de acordo com o peso e idade de seu filho. No caso de medicamentos de venda livre, converse com o farmacêutico se o medicamento é adequado ao seu filho, sobre a dose adequada e qual o intervalo de dose.

  • Utilize a colher medida adequada. O uso de colher de sopa ou sobremesa pode levar a uma quantidade inadequada do medicamento e prejudicar seu filho.

  • Se seu filho necessita de doses do medicamento enquanto está na escola ou creche, leve a informação de como administrar por escrito e explique ao responsável que executará esta ação

  • Guarde o medicamento fora do alcance das crianças e animais domésticos

  • Se você se der conta que usou dose em excesso ou administrou dose inadequada, acima do prescrito ao seu filho, procure auxilio médico imediatamente.

Use o medicamento segundo as instruções. Se não melhorar após tomar o medicamento conforme a indicação médica não repita a dose, consulte seu médico.

domingo, 14 de março de 2010

Saúde Pública


Hoje o assunto é de saúde pública. Gripe H1N1

Já tomei a vacina da gripe H1N1 e não senti absolutamente nada. Nenhuma reação adversa.
É importante que todos se vacinem. Quanto mais prevenção, mais proteção.
Aqui vão outros cuidados importantes:

  • lavar as mãos com freqüência, principalmente após tossir ou espirrar

  • ao tossir ou espirrar, cobrir a boca com lenço descartável

  • não compartilhar alimentos, copos outros objetos de uso pessoal

  • pessoas com qualquer gripe (inclusive a comum) devem evitar circular em ambientes públicos e de aglomeração de pessoas (doente fica em casa)

  • procure o médico ou posto de saúde para diagnóstico e tratamento adequados

  • não usar medicamentos sem orientação médica. A automedicação pode levar a danos a saúde.

A Influenza Pandêmica (H1N1) 2009 é uma doença respiratória contagiosa causada por um novo subtipo de vírus da gripe. Assim como a gripe comum, a Influenza Pandêmica (H1N1) 2009 é transmitida, principalmente, por meio de tosse, de espirro e de contato direto com secreções respiratórias de pessoas infectadas. Entre 7 e 14 dias a partir da contaminação pelo novo vírus, os sintomas podem aparecer. Você deve procurar a unidade de saúde mais próxima ou o seu médico de confiança se apresentar febre, tosse e dificuldade respiratória.


O vírus pode resistir de 24 horas a 72 horas fora do organismo, e pode também permanecer vivo em uma maçaneta ou superfície lisa por até 10 horas!

Por isso a importância de lavar as mãos com freqüência ou uso de álcool gel.

A vacina contra a influenza sazonal não previne também contra a Influenza H1N1. A cada ano a vacina é modificada, os componentes são diferentes, e ela só serve para aquele tipo específico de vírus influenza.
A incidência de efeitos colaterais (eventos adversos) é pequena. A OMS estima que foram distribuídas cerca de 80 milhões de doses da vacina contra a influenza pandêmica e até o final de novembro foram vacinadas aproximadamente 65 milhões de pessoas. A grande maioria dos efeitos colaterias que vem se apresentando se assemelha a vacina sazonal administrada em idosos, que são reações leves: dor local, febre baixa, dores musculares, que se resolvem em torno de 48 horas.
Nas clínicas particulares, está prevista a chegada das vacinas a partir do inicio do mês de abril. A vacina será conjugada: H1N1 + sazonal na mesma seringa. Isto significa que com uma picada já estará imunizado para as duas gripes. O custo será de aproximadamente R$ 80,00.


Se você está fora dos grupos selecionados à vacinação dos Postos de Saúde vá a uma Clínica particular. Não enrola.

Mais informações no site do Ministério da Saúde: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=1616

Coragem... não dói nada e previne muito. É o que se quer!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Papo de Farmacêutica II


Volto hoje com mais um Papo de Farmacêutica. Várias são as pessoas que usam a sibutramina para emagrecer. Os alertas na midia são muitos e acredito ser importante mais um pouquinho, aqui no blog.




SIBUTRAMINA (Reductil®)

A sibutramina é um medicamento anorexígeno relacionado estruturalmente com as anfetaminas. Inibe a recaptação de serotonina e noradrenalina, e em menor escala a dopamina, no Sistema Nervoso Central, provocando uma sensação de saciedade e aumentando o gasto metabólico.


A sibutramina está indicada como terapia complementar dentro de um programa para o controle de peso para:



  • Pacientes com obesidade, cujo IMC é de 30 kg/m2 ou superior

  • Pacientes com sobrepeso, cujo IMC é 27 kg/m2 ou superior, que apresentem outros fatores de risco, como diabetes tipo 2 ou dislipidemia.

Contra-indicações:



  • Causas orgânicas de obesidade

  • Hipersensibilidade conhecida a sibutramina

  • Antecedentes de transtornos graves de alimentação

  • Enfermidades psiquiátricas

  • Pacientes com transtorno bipolar

  • Uso simultâneo, ou nas duas últimas semanas, de inibidores da monoamino-oxidase (IMAO) ou triptofano para o tratamento de transtornos do sono

  • Antecedentes de cardiopatia isquêmica, insuficiência cardíaca congestiva, taquicardia ou arritmia

  • Hipertensão não controlada adequadamente

  • Enfermidade hepática grave
    Enfermidade renal grave


Os efeitos colaterais mais comuns associados ao cloridrato de sibutramina são:


  • boca seca

  • dor de cabeça

  • constipação

  • insônia

  • náuseas

  • alteração no paladar

  • vômitos

  • palpitação

  • hipertensão

Recomendações aos pacientes:


A sibutramina causa pequena elevação na pressão sanguínea média, sendo que em alguns pacientes essa elevação é mais importante. Recomenda-se a pacientes usando sibutramina que monitorem a pressão sanguínea regularmente. Pessoas com pressão sanguínea descontrolada não devem usar cloridrato de sibutramina. Em caso de dúvida, devem contactar o seu médico ou farmacêutico.


Recomendações para os profissionais de saúde:



  • Os médicos devem repensar a indicação destes medicamentos e rever o tratamento dos doentes que estão atualmente utilizando sibutramina

  • As farmácias não devem dispensar estes medicamentos sem a apresentação e retenção da receita médica

  • Os doentes em tratamento com sibutramina devem marcar uma consulta com o seu médico, assim que possível, para discutir as alternativas terapêuticas

Aqui vai um texto que também esclarece dúvidas, escrito por uma amiga que também é farmacêutica:


Em 2009, o FDA alertou que pacientes ou usuários de sibutramina com problemas cardíacos ou que tivessem histórico destes problemas (arrtimias, angina...) evitassem o uso deste medicamento, porque dados de estudos preliminares tinham sugerido maior número de eventos adversos cardiovasculares em pacientes usando sibutramina, quando comparados com o grupo placebo. Desta forma, foi concluído no final de 2009, o estudo denominado de SCOUT (Sibutramine Cardiovascular Outcomes), que demonstrou e confirmou aumento do risco cardiovascular não fatal nos usuários de sibutramina. O risco de desenvolver infarto, derrame ou parada cardíaca aumenta em 16% nos usuários do medicamento, quando comparado com o grupo placebo. O Comitê de Medicamentos para Uso Humano da EMA (CHMP) concluiu que os riscos destes medicamentos são mais elevados do que os benefícios e recomendou a suspensão das respectivas Autorizações de Introdução no Mercado (AIM) na União Europeia. Nos EUA, o FDA não proibiu a comercialização, mas solicitou a inclusão destas novas contraindicações (fator de risco ou histórico de angina, isquemia, arritmia, falência congestiva, hipertensão incontrolada) na bula do produto. Com base nos estudos, no Brasil a Anvisa contraindica o uso em pacientes com histórico de doenças cardiovasculares.




Fontes:






Luciana Dos Santos

Farmacêutica do Centro de Informações sobre Medicamentos - HCPA

sábado, 23 de janeiro de 2010

Papo de farmacêutica


Hoje vamos falar sobre medicamentos. Afinal, sou farmacêutica!
Nos últimos anos, o uso de omeprazol tem sido cada vez mais freqüente. Aqui vai uma dica importante para o tratamento. Não preciso nem bater na tecla do papo que “sempre consultar um médico”. Se precisarem de um gastroenterologista excelente: Dr Guilherme Sander, tem consultório no Mãe de Deus Center.
O omeprazol deve ser tomado, preferencialmente, em jejum pela manhã, engolindo as cápsulas inteiras com a ajuda de um pouco de água. Os pacientes com dificuldade de engolir as cápsulas devem abri-las e misturar as “bolinhas” (pellets) com algum líquido ácido (iogurte, por exemplo). Nunca triturar ou mastigar os pellets. Outra possibilidade é comprar os comprimidos dispersíveis, normalmente mais caros, que podem ser diluídos em água. Os comprimidos dispersíveis (Losec® MUPS®) também são mais adequados para pacientes que usam sonda para alimentação, pois evita obstrução da mesma. Uma alternativa mais barata é colocar os pellets de omeprazol em 50 mL de solução de bicarbonato de sódio 8,4% e agitar fortemente por um bom tempo, até desmanchar os pellets. Existe a possibilidade de encomendar em farmácias de manipulação. Porém, muito cuidado com a qualidade da manipulação!!! Até a próxima!